O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,86% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em janeiro. Apesar de ter apresentado a segunda desaceleração seguida (havia sido de 1,42% em novembro e 1,04% em dezembro), o índice representou a maior inflação para um mês de janeiro em 6 anos – desde 2016, quando havia ficado em 1,69%.
Nacionalmente, a Região Metropolitana de Salvador também teve destaque, ficando com a 3ª inflação mais elevada dentre as 16 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE – menor apenas do que a verificada nos municípios de Aracaju/SE (0,90%) e Rio Branco/AC (0,87%).
No Brasil como um todo, o IPCA desacelerou em janeiro, para 0,54%. Ainda assim, foi a maior inflação para o mês desde 2016. Dentre as 16 áreas, apenas a RM Porto Alegre/RS teve deflação (-0,53%).
Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na RM Salvador seguiu acelerando e ficou em 11,44%, frente a 10,78% até dezembro. No Brasil como um todo, o IPCA acumula alta de 10,38% nos 12 meses encerrados em janeiro, com 13 das 16 áreas apresentando inflação igual ou maior que 10,00%.
Preços dos alimentos puxam inflação
Em janeiro, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (0,86%) foi resultado de aumentos nos preços médios em todos os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O grupo alimentação e bebidas (1,14%) foi a principal pressão de alta no custo de vida dos moradores da RMS em janeiro, puxado principalmente pela alimentação no domicílio (1,23%). Os grandes “vilões” do grupo foram os tubérculos, raízes e legumes (11,23%), em especial o tomate (18,56%), que foi o item com o maior aumento absoluto do mês e com o 2º maior peso no aumento da inflação na região.
Porém, de todos os itens que compõem o IPCA na RMS, o condomínio (3,15%), que está dentro do grupo habitação (0,68%), foi o que mais impactou no aumento da inflação.
Os grupos artigos de residência (2,90%) e vestuário (2,69%) foram os que apresentaram os maiores aumentos absolutos. A alta do primeiro, foi puxada pelos aumentos nos preços dos eletrodomésticos e equipamentos (4,01%), em especial do refrigerador (5,71%). Já o grupo vestuário teve seu índice impulsionado pelo aumento do valor das roupas (3,23%), principalmente da camisa/camiseta masculina (3,53%).
Por outro lado, de todos os itens, o transporte por aplicativo (-13,43%) foi o que apresentou a maior queda absoluta, sendo o que mais ajudou a segurar a inflação de janeiro na RMS.
Apesar de o grupo transportes ter apresentado alta (0,58%), os combustíveis (-0,20%), que exerceram a maior pressão inflacionária na RMS em 2021, apresentaram queda em janeiro, especialmente o etanol (-2,62%) e a gasolina (-0,12%).