O segmento de varejo brasileiro fechou o primeiro trimestre deste ano com oito operações de fusões e aquisições. Trata-se de um aumento de 300% na comparação com o mesmo período anterior – quando foram fechados dois negócios. Os dados são de uma pesquisa da KPMG produzida trimestralmente.
O relatório contou com a participação de 43 setores da economia e o segmento formado pelas lojas de varejo ocupou a 10ª posição no ranking setorial das transações realizadas no primeiro trimestre deste ano. O estudo apontou que o setor progrediu em relação ao mesmo período de 2020, quando ocupava a 19ª posição.
A pesquisa também apresentou que, durante todo o ano passado, o setor de varejo registrou dez operações. Todas as transações do segmento concretizadas – tanto no primeiro trimestre deste ano quanto ao longo de 2020 – foram do tipo forma doméstica, ou seja, envolvendo apenas empresas brasileiras.
“A pandemia provocada pela covid-19 impactou todos os setores de forma direta e um dos mais afetados, com certeza, foi o varejo. Esse aumento expressivo no número de fusões e aquisições do setor representa um sinal de recuperação da indústria local e significa que ela está se adaptando à nova realidade dos negócios. O cenário é otimista e há perspectiva de aumento do consumo a curto prazo à medida que a vacinação avança”, afirma o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG, Fernando Gambôa.
“Os brasileiros fazendo aquisições no Brasil tem sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no país que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início, o que gerou um contexto de crise e que todas as empresas estavam focadas na sobrevivência e no mercado principal de atuação. Com isso, alguns planos de internacionalização destas empresas foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. Com expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luis Motta.