A Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) – criada em 1980 e responsável pela gestão da Cesta do Povo – registrou prejuízo de R$ 158,2 milhões em 2015, quase seis maior em relação ao resultado de um ano antes quando perdeu R$ 26,8 milhões. O faturamento da estatal no ano passado foi R$ 520,117 milhões contra R$ 647,233 milhões apurados em 2014, o que representa uma queda de 24,43%. Os números ruins não param por aí: o índice de endividamento, relação entre o passivo exigível e o ativo total, indicando o nível de comprometimento da empresa com seus credores, no ano de 2015 correspondeu a R$2,41. Em 2014 foi de R$ 0,94.
“Ainda assim, a Ebal continua posicionada entre as cinco maiores empresas do ranking Norte/Nordeste e no Estado da Bahia ocupou a segunda posição no segmento e a 39ª posição em âmbito nacional, estando listada entre as 500 maiores empresas relacionadas”, diz a empresa em relatório.
A Ebal vem acumulando prejuízos seguidos e fuga de clientes. Dezenas de lojas da rede, principalmente no interior, são deficitárias. O mix de produtos disponíveis nas unidades encolheu e as vendas caíram como mostra o balanço de 2015.
O governo trabalha para tentar privatizar a rede. No final do ano passado, lançou o edital de venda da empresa, que previa a realização do leilão em janeiro passado. O preço mínimo foi fixado em R$ 81 milhões. Com o agravamento da crise econômica do país, no entanto, preferiu adiar o negócio.