O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,38%, em novembro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 12 de outubro e 12 de novembro.
O IPCA-15 de outubro da RMS acelerou frente ao resultado de outubro (0,28%), mas continuou abaixo do índice nacional (que foi 0,62%) e se manteve o 2º mais baixo dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, superior apenas ao da RM Porto Alegre/RS (0,25%). Por outro lado, os índices mais altos foram registrados nas regiões metropolitanas de Recife/PE (0,94%) e Belém/PA (0,88%) e em Brasília/DF (0,86%).
Com o resultado do mês, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 3,99% no ano de 2024 (janeiro a novembro). Manteve trajetória de alta frente ao acumulado no mês anterior (até outubro, havia subido 3,60%), mas continua abaixo do índice nacional (4,35%) e já é o 3º menor entre os 11 locais pesquisados – só acima da RM Porto Alegre/RS (3,41%) e de Brasília/DF (3,90%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA-15 da RMS está em 4,46%, também mantendo-se abaixo do nacional (4,77%) e ficando apenas como o 9º entre os 11 locais pesquisados (ou o 4º menor índice acumulado).
Preços dos alimentos
O IPCA-15 de novembro na Região Metropolitana de Salvador (0,38%) foi resultado de aumentos nos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice. Com as maiores altas, os grupos alimentação e bebidas (0,94%) e despesas pessoais (0,95%) exerceram, nessa ordem, as principais pressões inflacionárias na RM Salvador, segundo a prévia de novembro.
Em alta pelo segundo mês consecutivo e mostrando aceleração (aumentando mais) em relação a outubro, os alimentos, principalmente aquele consumidos em casa (1,06%), foram os que mais puxaram o IPCA-15 de novembro para cima, na RMS.
As carnes em geral (8,46%), lideradas, em termos de impacto, pela costela (11,32%) e a alcatra (8,32%), deram as maiores contribuições de alta. Dos 10 produtos ou serviços que mais aumentaram de preço na RMS, segundo a prévia da inflação de novembro, 9 foram alimentos consumidos em casa, e destes, 7 foram cortes de carne.
O óleo de soja (11,76%) e o tomate (8,18%) completam a lista dos alimentos que mais puxaram o custo de vida para cima, na RMS; e, com o maior aumento entre todos os itens pesquisados, as passagens aéreas (22,79%) exerceram o maior impacto inflacionário individual, segundo o IPCA-15 de novembro.
Despesas pessoais
Entre as despesas pessoais, as principais pressões de alta vieram de cinema, teatro e concertos (aumento de 5,96%) e hospedagem (3,04%). Apesar da alta significativa das passagens aéreas, o grupo transportes apresentou deflação pelo segundo mês consecutivo, segundo o IPCA-15 (-0,17%), e foi o que mais contribuiu para segurar a prévia da inflação de novembro, na RM Salvador.
Os combustíveis (-3,56%) foram a influência mais relevante nesse sentido, com força maior da gasolina (-3,40%) e do etanol (-8,90%). Também com queda média de preços, o grupo educação (-0,10%) foi puxado para baixo principalmente pelos cursos diversos (-0,46%) e papelaria (-1,63%).
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