Na sexta-feira (13), a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, recebeu o secretário de Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, e sua comitiva técnica para uma visita ao Centro de Análise de Fibras da entidade, em Luís Eduardo Magalhães. Reconhecido como o maior laboratório do tipo na América Latina, o centro é responsável pela análise de qualidade das amostras de algodão colhidas na Bahia e em todo o Matopiba. Para a safra atual, a expectativa é de analisar em torno de 4,5 milhões de amostras — sendo que mais de 40 mil destas já passaram pelas máquinas até o momento.
“Foi uma honra receber em nosso laboratório o secretário de Agricultura, Pablo Barrozo. Tivemos a oportunidade de mostrar a importância que esse espaço representa para o produtor rural, pois é aqui que a qualidade da pluma é reconhecida e atestada. Cada análise reflete o cuidado, o manejo e o esforço aplicados no campo. Esse reconhecimento técnico é fundamental para agregar valor ao nosso algodão, tanto no mercado interno quanto no internacional”, disse a presidente da Abapa.
Durante a visita, a comitiva da Seagri — formada também pelo diretor-geral André Cavalcanti, os superintendentes Adriano Bouzas (Desenvolvimento Agropecuário) e Claudemir Santana (Política do Agronegócio), o coordenador-geral do Cetab, Paulo Mesquita, e o assessor especial Thiago Guedes — pôde conhecer a estrutura de operação do laboratório de HVI, incluindo esteiras, caixas de amostragem de algodão e o processo automatizado que garante a precisão nas análises. O local integra o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que padroniza a classificação da fibra no país.
“A Bahia é destaque na produção de algodão e essa estrutura mostra o nível de excelência alcançado pelo setor. O trabalho desenvolvido pela Abapa fortalece ainda mais a imagem da nossa fibra no mercado internacional”, destacou o secretário, Pablo Barrozo, que também elogiou o profissionalismo e rigor técnico do trabalho realizado no laboratório. “A gestão conduzida pelo técnico Sérgio e uma equipe extremamente qualificada e competente garante diagnósticos precisos, essenciais para a valorização do algodão baiano. Parabenizo toda a equipe da Abapa e os produtores por essa iniciativa que já vem sendo desenvolvida há anos, colocando a Bahia em posição de destaque, não só regionalmente, mas também no cenário nacional. Parabéns a todos e contem com o nosso apoio.”
Os equipamentos de HVI (High Volume Instrument) aferem as características intrínsecas da pluma que não são perceptíveis a olho nu, como resistência, finura, comprimento, uniformidade, micronaire e cor. Atualmente, o laboratório opera com 14 equipamentos HVI, sendo 12 do modelo M1000, e dois do modelo Classing QPro, todos da marca Uster.
Alessandra e o gerente do laboratório Sérgio Brentano apresentaram os detalhes da nova sede do laboratório, atualmente em construção ao lado do Complexo da Bahia Farm Show. Com 5.200 m² de área construída, a unidade terá capacidade de mais do que dobrar o atual volume de classificação da pluma. Serão até 32 equipamentos HVI, podendo alcançar o processamento de 60 mil amostras por dia — um avanço estratégico para garantir competitividade e confiabilidade ao algodão baiano nos mercados nacional e internacional.
Convite
Ao final, Alessandra reforçou o convite ao secretário e sua equipe para participarem da 7ª Corrida do Algodão e, especialmente, do Dia do Algodão, um encontro técnico e institucional que reunirá produtores, lideranças e especialistas para debater os principais temas do setor, como mercado, sustentabilidade, inovação e comunicação. “Mais do que um dia de campo, será um grande momento de integração e construção conjunta do futuro da cotonicultura baiana”, afirmou a presidente.