As vendas do varejo na Bahia registraram queda de 2,8% em junho frente a maio, na comparação livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.). O resultado negativo veio após o setor ter registrado estabilidade na passagem de abril para maio (0,0%). Já na comparação com junho/2023, o resultado das vendas seguiu positivo (1,7%), contabilizando o 20º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
O estado teve apenas o 24º aumento mais expressivo do país, abaixo do índice nacional (4%). Nessa comparação, 25 as 27 unidades da Federação apresentaram altas, lideradas por Paraíba (16,4%), Amapá (13,4%) e Rio Grande do Sul (11,0%). Espírito Santo (-1,8%) e Rio de Janeiro (-0,5%) apresentaram recuos.
Com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, no primeiro semestre de 2024, um crescimento acumulado de 9,1% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior. Foi o 4º maior aumento acumulado entre os 27 estados, abaixo apenas dos verificados em Amapá (18,4%), Paraíba (9,7%) e Ceará (9,2%).
No Brasil como um todo, as vendas do comércio varejista cresceram 5,2% entre janeiro e junho de 2024, com altas em todas as unidades da Federação.
Nos 12 meses encerrados em junho, as vendas do varejo baiano também seguem em alta, de 7,4%, bem acima do indicador nacional (3,6%) e sustentando o 4º avanço mais expressivo entre os estados, só abaixo dos acumulados em Tocantins (9,5%), Maranhão (9,2%) e Ceará (9,1%).
Atividades
No primeiro semestre de 2024, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos acumulados nas vendas, frente ao mesmo período de 2023.
Os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, mesmo com a 4ª maior taxa de crescimento no semestre (11,9%), foram a atividade que mais influenciou positivamente no resultado geral do setor, pois tem o maior peso na estrutura do varejo restrito no estado. O segmento teve, em junho, o 13º avanço consecutivo nas vendas (cresce seguidamente desde junho de 2023).
A segunda principal influência positiva na alta do varejo baiano, no primeiro semestre, veio dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,0%), que registraram o maior crescimento no período. O segmento, que reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line, tem resultados positivos em todos os meses de 2024.
Por outro lado, duas atividades do varejo restrito pesquisadas não registraram aumento, na Bahia, no primeiro semestre de 2024: tecidos, vestuário e calçados (0,0%), com estabilidade, e livros, jornais, revistas e papelaria (-26,2%), única em queda, com índices negativos seguidamente há 17 meses (desde fevereiro/2023).
Vendas do varejo ampliado
Em junho de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano apresentaram leve recuo (-0,3%) frente a maio, na série livre de influências sazonais. Foi o segundo resultado negativo consecutivo (havia caído 0,5% de abril para maio). O índice foi o 10º pior do país, ficando abaixo do indicador nacional (que foi 0,4%).
Por outro lado, na comparação com junho de 2023, o varejo ampliado baiano teve alta (1,0%) pelo 13º mês consecutivo, porém, ficando com o 18º melhor resultado entre os 27 estados, em um índice inferior ao do país como um todo (2,0%).
No acumulado no primeiro semestre de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano cresceram 8,0%, acima do índice nacional (4,3%), sendo o 6º maior avanço entre os estados.
Nos 12 meses encerrados em junho, o varejo ampliado da Bahia acumula alta de 6,5% nas vendas, também acima do Brasil (3,5%) e mostrando o 4º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação, empatado com Pernambuco e Santa Catarina.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No primeiro semestre, duas atividades tiveram altas acumuladas nas vendas: material de construção (21,3%) e veículos (12,1%). Por outro lado, o atacado de alimentos (-3,9%) registrou queda no período.
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