As vendas do varejo na Bahia cresceram 1,1% em novembro de 2017 em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o primeiro resultado positivo nesse tipo de comparação desde julho e o melhor para um mês de novembro desde 2014 (quando as vendas haviam crescido 1,2%). De outubro para novembro, o varejo teve alta de 0,7% no Brasil como um todo e cresceu na grande maioria dos estados: 24 dos 27 apresentaram resultados positivos, com destaque para Minas Gerais (6,8%), Maranhão (3,9%) e Pernambuco (3,9%). As vendas do comércio caíram apenas em Espírito Santo (-0,1%), Rondônia (-0,2%) e Tocantins (-1,8%), segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE.
Frente ao mesmo mês de 2016, em novembro/17 as vendas na Bahia também cresceram (0,7%), voltando a apresentar resultado positivo após a queda de outubro (-2%). Ainda assim, nessa comparação, o desempenho do varejo no estado ainda está bem distante da média nacional (5,9%) e tem o segundo menor crescimento, acima apenas de Sergipe (0,3%).
Na comparação com novembro de 2016, 23 dos 27 estados tiveram alta nas vendas do varejo, com destaque para Santa Catarina (15,7%), Rio Grande do Sul (14,8%) e Mato Grosso (14,2%). Por outro lado, os maiores recuos ocorreram em Roraima (-5,7%), Goiás (-9,9%) e Paraíba (-11,3%).
As vendas do varejo baiano seguiram em queda no acumulado de janeiro a novembro de 2017 (-1,3%) e nos 12 meses encerrados em novembro (-2,1%). Ambos os resultados mostraram desaceleração no ritmo de recuo (haviam sido de -1,5% e -2,9%, respectivamente, em outubro), mas continuaram piores que a média nacional (1,9% e 1,1% respectivamente).
Na Bahia, o volume de vendas acumulado no ano cai desde janeiro de 2015; e, nos 12 meses, os resultados são negativos desde maio de 2015. Dos 27 estados, 10 apresentaram queda nas vendas do varejo no acumulado de janeiro a novembro de 2017 e 11 seguiram com resultados negativos para o acumulado nos 12 meses encerrados em novembro.
Automóveis e material de construção comandam expansão
Na Bahia, as vendas do comércio varejista ampliado – que engloba o varejo restrito mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – cresceram 3,2% na comparação novembro 17/ novembro 16. Foi a sétima alta consecutiva ness tipo de confronto.
Apesar de ter sido melhor que o de outubro (1,8%) e de ter ficado acima do varejo restrito (1,1%), o resultado do varejo ampliado baiano em novembro (3,2%) ainda ficou bem abaixo da média nacional (8,7%).
Tanto as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (6%) quanto as de material de construção (13,5%) cresceram em novembro/17 na Bahia – ainda que num menor ritmo em relação a outubro, quando as variações haviam sido de 7,7% e 14,8% respectivamente. Ambos os setores seguem com aumentos consecutivos na vendas desde maio/17.
Com o resultado de novembro, as vendas do varejo ampliado no estado se mantiveram no positivo no acumulado no ano de 2017 (0,6%) e reduziram ainda mais o ritmo de perdas no acumulado em 12 meses, chegando a -0,2% em novembro (frente a -1,1% nos 12 meses encerrados em outubro).
Hiper e supermercados e combustíveis puxam varejo para baixo
Em relação ao mesmo mês de 2016, em novembro/17, na Bahia, apenas 2 das 10 atividades do varejo e varejo ampliado tiveram resultados negativos: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-15,5%) e combustíveis e lubrificantes (-6,0%).
Os hiper e supermercados, que representam por volta de 40% do varejo restrito e quase 30% do varejo ampliado na Bahia, continuam exercendo a principal pressão de baixa para o resultado global das vendas do comércio no estado – ainda que tenham mostrado redução no ritmo de queda em novembro (-15,5%) frente a outubro (-19,6%).
Ao contrário do que ocorre para o país em geral, onde os resultados dos hiper e supermercados seguem positivos desde junho de 2017, as vendas dessa atividade na Bahia apresentam quedas consecutivas desde maio de 2015. Em 2017, até novembro, acumulavam perdas de 13,9%.
Já os combustíveis tiveram em novembro seu terceiro resultado negativo consecutivo no estado (-6,0%) e acumulavam, nos 11 meses de 2017, recuo de 3,2%.
Por outro lado, para o varejo restrito, mais uma vez, os desempenhos positivos dos setores de móveis e eletrodomésticos (38,9%); e dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,4%) se mantiveram como as principais influências positivas na Bahia.
O volume de vendas de móveis e eletrodomésticos cresce de forma bem intensa desde março de 2017 e tinha, até novembro, uma expansão acumulada de 26,7%. Já as vendas dos outros artigos de uso pessoal e doméstico, em alta desde maio/17, já acumulavam, até novembro, expansão de 8,1%. Essa atividade reflete as compras em lojas de departamento e parte expressiva do varejo eletrônico (grandes sites de vendas).