Mais de 3,5 mil empresas participam do 1º Fórum Nacional ESG, promovido pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil, que ocorre de forma 100% digital e gratuita até o dia 28 de abril. As inscrições continuam abertas e podem ser realizadas por meio do link: https://bit.ly/ESGAmcham.
De acordo com a líder da filial baiana da Amcham, Lilian Marins, os eventos da Câmara se traduzem em valor pela expansão de repertório e curadoria de conteúdo relevante para o mundo corporativo. “O Fórum ESG consegue superar todas as expectativas, pois estamos falando de um evento que movimenta muitas empresas, que estão se engajando em uma experiência em 3D imersivo. O evento apresenta estratégias para repensar e ações para implementar. Somos um hub de negócios e tendências para o empresariado brasileiro”, garante Marins.
Para ela, a agenda da sustentabilidade é cada vez mais necessária para tornar as empresas mais competitivas. O empresariado já entendeu que não é apenas um projeto único de impacto ambiental, mas sim um tema sistémico que perpassa toda gestão e cadeia de valor das organizações. Não é sobre obter lucro apenas, mas a criação de valor e impacto, pois tudo começa com governança. A cultura de uma empresa é construída por princípios e valores e são esses valores que irão nortear a tomada de decisão desses líderes”, disse.
Nesse contexto, Lilian Marins explica que as empresas terão que passar por “3Cs” para se enquadrarem em uma nova era do mercado nacional e internacional, que são: convicção, convencido e constrangido. “Espero verdadeiramente que não seja por constrangimento. Afinal, o mercado internacional não absorve mais empresas fora dos protocolos ESG”, alerta.
No Brasil, segundo ela, as empresas já despertaram para a necessidade de transformação, que não se trata de escolha, mas de uma exigência do mercado. “Porém, muitas ainda estão sem saber por onde começar, por isso a necessidade de participar de eventos como este para conhecer casos de sucesso e a partir disso entender de que forma redesenhar os seus processos”, observa ela que acrescenta: “Na Bahia temos essa realidade mais presente em empresas de grande porte. Ainda há um caminho longo a ser percorrido, mas acredito fortemente que a informação e conhecimento sejam sempre o melhor caminho para tracionar as empresas baianas”.
Práticas de ESG
Conforme Lílian Marins, o movimento sustentável foi criado em 1980 pelo clube de Roma, sendo a sigla ESG uma nova roupagem para o mesmo conceito, porém, com um nível de consciência maior devido à transformação da prática do consumo no mundo. Ela diz que as quatro fases do consumo passam por: Preço (quando se busca exclusivamente por preço mais baixo); Qualidade; Pilares ESG; e Transparência (fator norteador da tomada de decisão).
“Para mim, a sigla ESG, que representa E- enviromental; S- Social e G- Governance, traz um duplo sentindo para esse E, que é o econômico. Se engana quem acha que ESG é uma política verde da moda. Trata-se de uma evolução do capitalismo consciente e, por isso, precisamos entender como fazer a integração do ESG nos processos de cada empresa. Essa é uma agenda cada vez mais necessária, e estamos falando de competitividade! O Brasil pode ser mais competitivo, mais verde e menos desigual”.
Amcham
Maior Câmara Americana de comércio, do mundo, fora dos Estados Unidos. Está no Brasil há 103 anos e na Bahia há 12 anos. Trata-se de um ecossistema que antecipa tendência e promove um melhor ambiente de negócios. São propulsores das relações bilaterais entre Estados Unidos e Brasil.
Presentes em 16 filias, nos maiores centros econômicos do Brasil, e através de três pilares estratégicos: conhecimento, conexão e transformação geram valor para suas mais de mais de cinco mil empresas associadas. De acordo com Marins, a Câmara representa 33% do PIB brasileiro de empresas associadas à Amcham.