As vendas do comércio varejista na Bahia tiveram avanço de 1,4%, em agosto, frente ao mês anterior (julho), na série com ajuste sazonal. O crescimento veio depois de duas quedas consecutivas nessa comparação (-1,6% de maio para junho e -2,9% de junho para julho) e foi um resultado melhor do que o verificado no país como um todo. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, porém, o resultado das vendas segue negativo (-3,8%) pelo quinto mês consecutivo (recua desde abril) e representou a quarta queda mais intensa entre os estados.
No Brasil como um todo, as vendas cresceram 1,6% em agosto 22/agosto 21, resultado positivo acompanhado por 19 das 27 unidades de Federação. Paraíba (35,7%), Roraima (16,5%) e Mato Grosso (16,3%) registraram os maiores aumentos, enquanto Rio de Janeiro (-6,7%), Pernambuco (-5,1%) e Rondônia (-3,8%, empatado no arredondamento com a Bahia) tiveram as quedas mais intensas.
Com a nova retração em agosto, as vendas do varejo baiano acumulam queda de 4,8% no ano de 2022, frente ao mesmo período de 2021. O indicador acumulado no ano se manteve negativo pelo oitavo mês consecutivo e seguiu como a segunda retração mais profunda dentre os estados, superior apenas à registrada em Pernambuco (-5,3%).
No Brasil como um todo, o varejo ainda sustenta variação positiva (0,5%) no acumulado no ano, com 16 das 27 unidades da Federação em alta.
No acumulado nos 12 meses encerrados em agosto (frente aos 12 meses anteriores), o varejo baiano também está em queda (-7,8%), mantendo o pior resultado do país. No Brasil como um todo, o índice é de -1,4%, com quedas em 20 dos 27 estados.
Móveis e eletrodomésticos
Em agosto de 2022, a queda geral das vendas do comércio na Bahia (-3,8%), frente ao mesmo mês do ano passado, foi resultado de retrações em cinco das oito atividades do varejo restrito – que exclui automóveis e material de construção.
A maior queda e o maior impacto negativo no resultado geral vieram, mais uma vez, dos móveis e eletrodomésticos (-21,9%). O segmento apresenta recuos mensais consecutivos há 13 meses, desde julho de 2021 e, ao longo desse período, vem mostrando as retrações mais intensas dentre as atividades e exercendo a principal influência negativa para o varejo baiano.
A segunda queda mais intensa e mais importante no resultado geral de agosto foi a registrada entre os outros artigos de uso pessoal e doméstico (-15,3%). O segmento engloba as vendas do grandes varejistas e lojas de departamentos, inclusive on-line.
Por outro lado, as três atividades com vendas em alta, na Bahia, em agosto, foram combustíveis e lubrificantes (10,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%).
O segmento de combustíveis (10,7%) teve o maior crescimento nas vendas e exerceu a principal influência positiva para o varejo baiano, em agosto, mostrando o primeiro resultado positivo depois de um ano de quedas consecutivas (recuava desde agosto/21).
Varejo ampliado
Em agosto, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano seguiu em queda frente ao mês anterior (-0,6%), na série livre de influências sazonais, mostrando um terceiro resultado negativo nesse confronto.
O resultado da Bahia foi idêntico ao nacional (-0,6%) e o 21º do país, onde 14 das 27 unidades da Federação apresentaram crescimento.
Frente a agosto do ano passado, as vendas do varejo ampliado na Bahia também registraram queda (-8,6%), a terceira mais intensa do país, acima apenas das verificadas em Pernambuco (-13,3%) e Rio de janeiro (-10,7%). No Brasil como um todo, o índice ficou em -0,7%, embora 17 das 27 unidades da Federação tenham apresentado altas.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. Em agosto, ambas as atividades recuaram frente ao mesmo mês do ano anterior.
As vendas de veículos caíram 19,8%, mostrando o quinto resultado negativo seguido. Já as vendas de material de construção tiveram retração de 5,2%, o terceiro recuo consecutivo.
O desempenho das vendas do varejo ampliado baiano também segue negativo no acumulado no ano de 2022 (-5,3%, segunda queda mais intensa dentre os estados) e nos 12 meses encerrados em agosto (-4,4%). Em ambos os casos, os resultados estão abaixo dos verificados no Brasil como um todo (-0,8% e -2,0%, respectivamente).