Livre de qualquer resquício de pandemia e limitação de circulação, o Carnaval deste ano, na Bahia, promete um impacto econômico bilionário. De acordo com estimativa da Fecomércio-BA, o setor do comércio deve faturar R$1,2 bilhão no período de fevereiro, naqueles setores mais conectados ao evento, entre supermercados e vestuário. Já o turismo, de acordo com projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), será o grande destaque do mês com R$2,7 bi de movimentação esperada.
“O impacto deve ser direto e indireto. No primeiro caso, são as pessoas comprando alimentos, bebidas, roupas e decoração para organizarem as suas festas em casa com a família, amigos ou participando de eventos públicos e privados. E da forma indireta, são as empresas que prestam serviços e que adquirem produtos do comércio para atender a um publico folião, seja no próprio Carnaval de rua de Salvador, seja em eventos particulares ou em bares, restaurantes, hotéis, pousadas etc”, analisa o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
Em relação ao turismo, a projeção da CNC indica o Estado baiano como o quarto em faturamento no País, ficando atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. E por uma questão de mudança na metodologia dos cálculos do ano passado para o atual, não é possível e adequado realizar uma comparação para captar variação.
“Sem dúvida, o estado é um dos principais destinos turísticos do Brasil. Infelizmente, as passagens aéreas estão muito caras, mas, mesmo assim, os voos devem chegar cheios nos aeroportos de Salvador, Porto Seguro e Ilhéus. O que pode acontecer é uma alteração no perfil dos gastos dos consumidores, que podem optar por pousadas mais em conta para compensar o bilhete aéreo mais caro”, salienta Dietze.
Turismo é transversal
E o turismo é transversal. O economista pontua que evidentemente, “nesse período as pessoas pensam logo em transporte rodoviário, hotéis, bares e restaurantes, ou seja, naqueles segmentos tradicionais. No entanto, há o envolvimento com o comércio, supermercados, lojas de roupas, farmácias, além de salões de beleza, o entretenimento, entre outros. Assim, quando o turismo cresce, toda a economia se fortalece em toda a sua cadeia produtiva”.
Desse modo, numa somatória dos cálculos realizados, o Comércio de Bens, Serviços e Turismo no estado deve movimentar R$3,9 bilhões de reais neste Carnaval. Um fenômeno importante não só pela sua grandiosidade econômica, mas pelo relevante impacto na geração de emprego e renda na Bahia.
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