A sexta estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2024 prevê, em junho, que a produção deve chegar a 11.301.084 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 7,0% (ou menos 846.974 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 toneladas). Frente à estimativa de maio, também houve revisão negativa na safra baiana de grãos, que caiu 1,2% de um mês para o outro (-138.266 toneladas). O milho é o produto que deve apresentar a maior redução da safra frente ao ano passado, na Bahia.
A produção baiana do milho 1ª safra em 2024 deverá ser de 1.551.090 toneladas, 8,7% a menos do que o previsto em maio (1.699.590 t) e 34,0% menor do que a safra 2023 (2.349.720 t). Frente ao ano passado, a queda na produção se dá tanto pela redução de 29,8% na área plantada, que caiu de 428.000 para 300.500 hectares, quanto pela diminuição de 6,0% na produtividade, que passou de 5.656 para 5.162 kg/hectare.
Já a 2ª safra do milho na Bahia deverá ser de 681.210 toneladas, 8,6% menor do que a de 2023 (745.200 t). A soja, principal produto agrícola baiano, que representa dois terços (66,6%) de toda a safra de grãos do estado, também segue com previsão queda frente ao ano anterior.
Em maio, a estimativa é que, em 2024, a Bahia produza 7.532.100 toneladas de soja, 0,4% a menos do que o colhido em 2023 (7.565.940 toneladas). A diminuição da produção baiana do grão, frente ao ano anterior, se dá, principalmente, pela queda no rendimento médio, de 3.972 para 3.707 kg/hectare (-6,7%)
Em relação à estimativa de maio, o algodão herbáceo apresentou revisão negativa de 0,5% na previsão da safra 2024, chegando a 1.775.225 toneladas. Ainda assim, a produção deve crescer 0,8% neste ano, frente à do ano passado, que foi 1.741.350 t.
Segunda maior produtora
A Bahia continua a 2ª maior produtora de algodão do país, sendo responsável por 20,7% da safra nacional prevista para 2024 (8.490.232 toneladas). Por outro lado, entre maior e junho, o feijão 1ª safra registrou aumento de 12,7% na estimativa da safra 2024, chegando a 137.100 toneladas. O volume, porém, ainda está 4,5% abaixo do colhido em 2023 (143.540 toneladas).
A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 295,9 milhões de toneladas neste ano, segundo a estimativa de junho. Isso representa uma redução de 6,2% frente à obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de maio, houve redução de 0,3% (menos 940,3 mil toneladas, de um mês para o outro).
Mesmo com a previsão de colher 7,0% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (29,3%), seguido por Paraná (13,3%) e Rio Grande do Sul (12,7%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Estimativa de junho mantém que, em 2024, 14 das 26 safras de produtos investigados na Bahia serão maiores do que em 2023
Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia, a previsão de junho se mantém de alta em 14 das 26 safras, no estado, em 2024.
O maior crescimento absoluto continua o da cana-de-açúcar (+74.400 t, ou +1,4%), seguido pelo do sorgo (+47.970 t ou +42,3%, maior crescimento percentual) e pelo do algodão (+13.875 t, ou +0,8%).
Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2024 devem vir do milho 1ª safra (-798.630 t ou -34,0%, também a maior redução percentual), do milho 2ª safra (-63.990 t ou -8,6%) e da soja (-33.840 t ou -0,4%).
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