O custo da cesta básica em Salvador registrou redução de 4,09%em setembro em relação a agosto, e passou a custar R$ 318,52, contra os R$ 332,10 registrados no mês anterior. Este é o menor valor dentre as 21 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses (de outubro de 2016 a setembro de 2017), os gêneros alimentícios apresentaram redução de 16,60% em Salvador. De janeiro a setembro, a variação é de -10,31%.
De acordo com a pesquisa, divulgada ontem, em Salvador todos os produtos registraram redução no preço médio em setembro. Destaque para o feijão, que registrou a maior queda (-21,15%), seguido pelo óleo de soja (-6,43%), a banana (-6%), arroz (-5,66%), tomate (-5%), farinha de mandioca (-3,63%), pão francês (-3,32%), açúcar (-2,66%), café (-1,46%), leite (-1,43%), carne (-0,87%) e a manteiga (-0,66%).
Em setembro de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 74 horas e 47 minutos de sua jornada mensal para adquirir a cesta básica. Em agosto, o comprometimento havia sido maior, quando foram necessárias 77 horas e 58 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao Salário Mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (R$ 862,04), o comprometimento foi de 36,94% em setembro, percentual menor que os 38,52% de agosto.
Outras cidades
Em setembro, houve diminuição do custo do conjunto de alimentos essenciais em 20 das 21 capitais onde oDieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais expressivas foram registradas nas cidades do Nordeste: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%), João Pessoa (-4,62%), Salvador (-4,09%), São Luís (-3,97%) e Natal (-3,64%). A única alta, no mês, foi verificada em Campo Grande (1,17%).
Porto Alegre foi a capital com a cesta mais cara (R$ 436,68), seguida por São Paulo (R$ 421,02) e Florianópolis (R$ 419,17). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 318,52), Natal (R$ 323,90) e Recife (R$ 328,63).
Em 12 meses, o valor da cesta apresentou redução em todas as cidades pesquisadas. As taxas negativas variaram entre -19,11%, em Cuiabá, e -5,19%, em Goiânia. Entre janeiro e setembro de 2017, o custo da cesta também diminuiu em todas as capitais, com destaque para as do Centro-Oeste: Cuiabá (-13,91%), Campo Grande (-11,96%) e Brasília (-11,28%).
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara que, em setembro, foi a de Porto Alegre e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em setembro de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes o mínimo vigente de R$ 937,00. Em agosto, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o mínimo vigente. Em setembro de 2016, o salário mínimo necessário havia sido de R$ 4.013,08, ou 4,56 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.
CUSTO (R$) E VARIAÇÃO (%) DA CESTA BÁSICA EM 21 CAPITAIS
BRASIL, SETEMBRO DE 2017
| 
 Capital  | 
 Valor da cesta (R$)  | 
 Variação mensal (%)  | 
 Porcentagem do Salário Mínimo Líquido (%)  | 
 Tempo de trabalho  | 
 Variação no ano (%)  | 
 Variação anual (%)  | 
| 
 Porto Alegre  | 
 436,68  | 
 -2,04  | 
 50,66  | 
 102h32m  | 
 -4,87  | 
 -8,59  | 
| 
 São Paulo  | 
 421,02  | 
 -2,46  | 
 48,84  | 
 98h51m  | 
 -4,07  | 
 -10,72  | 
| 
 Florianópolis  | 
 419,17  | 
 -1,67  | 
 48,63  | 
 98h25m  | 
 -7,63  | 
 -6,65  | 
| 
 Rio de Janeiro  | 
 410,27  | 
 -0,04  | 
 47,59  | 
 96h20m  | 
 -7,54  | 
 -9,15  | 
| 
 Vitória  | 
 391,76  | 
 -1,54  | 
 45,45  | 
 91h59m  | 
 -8,11  | 
 -10,00  | 
| 
 Brasília  | 
 383,03  | 
 -3,41  | 
 44,43  | 
 89h56m  | 
 -11,28  | 
 -17,09  | 
| 
 Curitiba  | 
 376,46  | 
 -2,25  | 
 43,67  | 
 88h23m  | 
 -8,15  | 
 -11,39  | 
| 
 Goiânia  | 
 372,99  | 
 -3,57  | 
 43,27  | 
 87h35m  | 
 -3,58  | 
 -5,19  | 
| 
 Fortaleza  | 
 370,46  | 
 -4,85  | 
 42,97  | 
 86h59m  | 
 -6,02  | 
 -10,93  | 
| 
 Belém  | 
 369,89  | 
 -1,58  | 
 42,91  | 
 86h51m  | 
 -9,94  | 
 -12,85  | 
| 
 Cuiabá  | 
 366,94  | 
 -2,40  | 
 42,57  | 
 86h09m  | 
 -13,91  | 
 -19,11  | 
| 
 Belo Horizonte  | 
 361,82  | 
 -0,88  | 
 41,97  | 
 84h57m  | 
 -8,32  | 
 -14,17  | 
| 
 Campo Grande  | 
 359,24  | 
 1,17  | 
 41,67  | 
 84h21m  | 
 -11,96  | 
 -16,89  | 
| 
 Manaus  | 
 355,47  | 
 -0,70  | 
 41,24  | 
 83h28m  | 
 -10,03  | 
 -11,45  | 
| 
 Maceió  | 
 355,20  | 
 -5,22  | 
 41,20  | 
 83h24m  | 
 -9,29  | 
 -10,02  | 
| 
 Aracaju  | 
 344,16  | 
 -2,74  | 
 39,92  | 
 80h49m  | 
 -1,58  | 
 -7,56  | 
| 
 São Luís  | 
 338,38  | 
 -3,97  | 
 39,25  | 
 79h27m  | 
 -4,97  | 
 -11,66  | 
| 
 João Pessoa  | 
 334,86  | 
 -4,62  | 
 38,85  | 
 78h37m  | 
 -8,55  | 
 -13,45  | 
| 
 Recife  | 
 328,63  | 
 -3,50  | 
 38,12  | 
 77h10m  | 
 -5,56  | 
 -12,49  | 
| 
 Natal  | 
 323,90  | 
 -3,64  | 
 37,57  | 
 76h03m  | 
 -7,97  | 
 -11,87  | 
| 
 Salvador  | 
 318,52  | 
 -4,09  | 
 36,95  | 
 74h47m  | 
 -10,31  | 
 -16,60  | 
























