Em agosto, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, apresentou o segundo maior crescimento (2,7%) entre os 15 locais pesquisados, ficando atrás apenas de Mato Grosso (3,0%). O desempenho também ficou bem acima da média nacional (-0,3%). Outros 8 locais registraram alta. Nessa comparação, os piores resultados foram registrados no Amazonas (-5,3%), Pará (-1,1%) Espírito Santo e em São Paulo, ambos com decréscimo de -0,9%.
Frente a agosto de 2017, a produção industrial baiana também registrou crescimento (1,2%), sendo o terceiro menor entre as áreas pesquisadas nesta comparação e bem abaixo da média nacional (2,0%). Nessa comparação, a produção industrial cresceu em 11 das 15 regiões, e os destaques positivos foram Rio Grande do Sul (12,3%), Pernambuco (11,7%) e Pará (11,0%). Os dados são Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
Com os resultados de agosto, a produção industrial na Bahia acumula em 2018 uma variação positiva de 0,6%, ainda bem abaixo do patamar de abril (2,2%), antes dos efeitos da greve dos caminhoneiros no setor. No ano, a indústria do estado apresenta o menor crescimento dentre as áreas investigadas e tem um desempenho bem abaixo da média nacional (2,5%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, a produção industrial na Bahia cresce 0,8%, diminuindo o ritmo de expansão em relação aos 12 meses encerrados em julho (1,2%). Também se mantém com um desempenho inferior ao de abril (1,5%) e pior que a média nacional (3,1%).
Produção de veículos e fabricação de alimentos seguem em alta
O crescimento de 1,2% na produção industrial da Bahia, na comparação com agosto de 2017, foi resultado do desempenho positivo das indústrias extrativas (2,0%) e de transformação (1,2%), com avanços em 6 das 11 atividades pesquisadas separadamente no estado.
O maior impacto positivo para a indústria do estado veio, mais uma vez, da fabricação de Veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 13,7% em agosto.
Embora tenha reduzido significativamente o ritmo de crescimento em relação a meses anteriores, a fabricação de veículos segue puxando a produção industrial baiana para cima e acumula expansão de 18,7% no ano de 2018.
A fabricação de Produtos alimentícios (4,8%) exerceu a segunda maior influência positiva na indústria da Bahia em agosto.
A fabricação de Bebidas (13,6%) e de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,5%) também tiveram fortes crescimentos em agosto, embora não tenham tanta influência no desempenho geral da indústria da Bahia, por terem menor peso na estrutura do setor no estado.
Dentre as cinco atividades com queda de produção em agosto, na Bahia, destacaram-se as influências da fabricação de Produtos de minerais não-metálicos (-11,2%) e a de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-4,2%).
Ambas são atividades que vêm apresentando recuos sucessivos e já acumulam, em 2018, retrações de -12,9% e -3,4% respectivamente.