O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,23% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em agosto, desacelerando em relação ao registrado em julho (0,75%), mas ficando acima do índice de agosto do ano passado (-0,13%). Os dados são do IBGE.
O IPCA-15 de agosto na RMS ficou exatamente igual ao do país como um todo (0,23%) e foi o 5º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas separadamente. No mês, a prévia da inflação foi maior nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (0,37%), Porto Alegre (0,30%) e Recife (0,28%). Brasília (0,08%), RM Fortaleza (0,11%) e o município de Goiânia (0,15%) tiveram as menores variações.
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de julho e 13 de agosto. No acumulado de janeiro a agosto de 2020, o IPCA-15 da RM Salvador acelerou para 1,65% (havia ficado em 1,42% em julho). Está acima do índice do Brasil como um todo (0,90%) e continua o 3o mais alto dentre os 11 locais pesquisados.
Nos 12 meses encerrados em agosto, o índice acumula alta de 2,80%, na RM Salvador, também acelerando em relação aos 12 meses encerrados em julho (2,42%) e se mantendo maior que o indicador nacional (2,28%).
Puxados por energia e gasolina
O IPCA-15 de agosto na Região Metropolitana de Salvador (0,23%) foi resultado de aumentos nos preços médios de cinco dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
Os gastos com habitação (1,02%) e transportes (0,74%) foram, nessa ordem, as principais pressões inflacionárias no índice do mês, na RMS. Esses grupos foram puxados, respectivamente, pela energia elétrica (2,24%), refletindo parte do reajuste tarifário, e pela gasolina (2,80%), que teve o maior impacto individual no IPCA-15 de agosto, tanto na RM Salvador quanto no país como um todo.
O preços do grupo comunicação (1,92%) tiveram o maior aumento no IPCA-15 de agosto, na RM Salvador, e também foram uma pressão importante, sob efeito, sobretudo, do acesso à internet (12,18%). Dentre as centenas de itens investigados pelo IBGE, o serviço registrou a maior alta na prévia da inflação do mês.
Dentre os grupos com deflação no IPCA-15 de agosto, na RMS, os destaques foram para educação (-2,51%) e vestuário (-1,24%), que apresentaram os recuos mais intensos nos preços e deram as principais contribuições no sentido de conter o índice do mês.
No caso do grupo educação, os cursos regulares (-3,29%) tiveram queda importante, puxados pelo ensino fundamental (-4,83%) e pela pré-escola (-8,78%). Em vestuário, as roupas (-1,52%), sobretudo as femininas (-2,40%), tiveram contribuições mais importantes.
No IPCA-15 de agosto, o grupo alimentação e bebidas também mostrou uma variação negativa nos preços (-0,14%). Foi a primeira vez que os alimentos tiveram deflação neste ano, tanto ente aqueles consumidos em casa (-0,18%) quanto fora (-0,04%).
A batata-inglesa (-24,33%) e o tomate (-16,79%) tiveram os maiores recuos dentre as centenas de itens contemplados pelo IPCA-15, na RM Salvador.