Entre 2006 e 2017, a área total dos estabelecimentos agropecuários na Bahia passou de 29,581 milhões para 27,831 milhões de hectares (ha), uma redução de 1,749 milhão de hectares (-5,9%), a maior, em números absolutos, do país. Em 2017, praticamente metade do território baiano (49,2% da área total do estado) era ocupada por estabelecimentos agropecuários. Esse percentual era apenas o 19º entre os 27 estados. Mato Grosso do Sul, com 81,7% do território coberto por estabelecimentos agropecuários, liderava nesse indicador. Os resultados são do Censo Agropecuário 2017, cujos resultados preliminares foram divulgados hoje pelo IBGE.
A área destinada à agropecuária encolheu em 11 dos 27 estados brasileiros de 2006 para 2017, ainda assim cresceu no país como um todo, passando de 333,680 milhões para 350,253 milhões de hectares (+6,573 milhões de ha ou +5,0%), com destaque para os aumentos no Pará (+6,752 milhões de ha), Mato Grosso (+6,142 milhões de ha) e Minas Gerais (+4,816 milhões de ha).
Com a queda na área total dos estabelecimentos agropecuários, a Bahia perdeu uma posição entre os estados com maiores áreas do país, passando do quarto lugar em 2006 para o quinto em 2017, sendo superado pelo Pará, que entrou nesse ranking em 2017, no terceiro lugar. Mato Grosso e Minas Gerais eram os dois estados com maior área total dos estabelecimentos agropecuários, tanto em 2006 quanto em 2017.
Com a redução da área total, a área média por estabelecimento também caiu na Bahia, de 39 para 36 hectares, quase metade da média nacional, que aumentou de 66 hectares em 2006 para 69 hectares m 2017.
A Bahia, no entanto, se manteve em 2017 como o estado com mais estabelecimentos agropecuários no país. Minas Gerais (com 607.448) também continuou em segundo lugar, mas a terceira posição foi assumida pelo Ceará, que teve o maior aumento no número de estabelecimentos entre os estados do Nordeste, chegando a um total de 394.317 em 2017.
Juazeiro, Vitória da Conquista e Santo Amaro
De 2006 para 2017, pouco mais da metade dos 417 municípios baianos (51,3%, ou 214 deles) tiveram aumento no número de estabelecimentos agropecuários. Os maiores incrementos ocorreram em Juazeiro (de 4.669 para 7.288, +2.619), Vitória da Conquista (de 3.940 para 6.545, +2.605) e Santo Amaro (de 908 para 2.962, +2.054).
No outro extremo, entre os 203 municípios baianos com queda no número de estabelecimentos agropecuários, as maiores reduções ocorreram em Paripiranga (de 7.220 para 5.088, -2.132), Monte Santo (de 8.516 para 6.488, -2.028) e Cansanção (de 5.563 para 3.579, -1.984). Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, foi o único município baiano que não tinha nenhum estabelecimento agropecuário em 2017 (tinha 1 em 2006).
Em 2017, os cinco municípios baianos com mais estabelecimentos agropecuários eram Feira de Santana (9.191), Casa Nova (7.512), Juazeiro (7.288), Macaúbas (7.189) e Vitória da Conquista (6.545). Cairu (26), Lauro de Feitas (30), Salvador (50), Salinas da Margarida (85) e Itaparica (86) eram os municípios baianos com menos estabelecimentos agropecuários em 2017. Dentre esses, os maiores aumentos no número de estabelecimentos em relação a 2006 ocorreram em Itaparica (+70) e na capital baiana (+42).