Em 2012, a startup baiana Agilize, eleita como uma das cinco startups de referência no ambiente de negócios brasileiro, passava por problemas como a dificuldade em ter transparência com o que estava sendo feito na contabilidade; a distância entre a linguagem técnica do contador e a do empreendedor; o preço que se pagava e erros recorrentes, como contou ao BA DE VALOR o fundador e CMO da Agilize, Marlon Feitas. Agora, vencidos os percalços, a inovadora planeja um faturamento de R$100 milhões até 2025.
Freitas conta que antes de pensar na Agilize como é hoje, já empreendia com tecnologia, mas não havia uma responsabilização adequada, e por falta de transparência acabavam assumindo o erro alheio. “Foi uma dor real. Vimos que o problema que não era só nosso. Então, ao observar esse cenário e perceber que não existia no mercado soluções que unissem contabilidade e tecnologia para o cliente final (o empreendedor), vimos a oportunidade ideal para atuarmos e criarmos, em 2013, a primeira contabilidade on-line do Brasil”, diz.
Segundo ele, a startup hoje é referência em tecnologia, eficiência, atendimento multicanal rápido e eficaz (nota 9,1 no Reclame Aqui), preço justo e modelo de precificação que facilita o crescimento do empreendedor baiano e brasileiro.
“Nosso âmbito de atuação é nacional, não se limita à Bahia, mas atuamos aqui, sim. Sem dúvidas é um estado relevante na nossa carteira de clientes e na nossa história. O mercado contábil especificamente vem aos poucos caminhando para o digital (superando barreiras geográficas), mas ainda longe de ser on-line (com tecnologia e inteligência aplicadas). Há muito caminho pela frente, sobretudo no interior do estado”, oberva Freitas.
Orgulho
Para o empreendedor, há um movimento crescente e relevante do empreendedorismo baiano, e um amadurecimento de startups nascidas na Bahia. “Temos muito orgulho disso!”. O investimento inicial foi R$500 mil e a startup chegou a receber alguns aportes ao longo da sua trajetória, como um de R$60 milhões, em 2021. “Eles foram importantes para ganharmos escala. E como soubemos gerir os recursos, atingimos e superamos os resultados esperados com os investimentos”.
Com todo este caminhar, a fintech, que atua com contabilidade on-line, gera cerca de 320 empregos em diversos lugares do Brasil. Para este ano, a meta é superar os cerca de R$40 milhões em faturamento e a perspectiva é saltar para R$100 milhões até 2025.
“Mas precisamos vencer a burocracia dos estados, que são os gargalos do setor. Se bem que tem até diminuído nos últimos anos com a adoção de soluções tecnológicas dentro dos próprios governos e a criação de serviços um pouco mais simples do que no passado”, avalia o CMO.
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