Já que estamos falando nessa coluna sobre turismo de experiência, como boa mineira, não poderia deixar de compartilhar uma das riquezas aqui de Minas Gerais, que tenho certeza que você viajante, vai amar conhecer! Por aqui não tem as águas salgadas do mar, mas tem um “mar de montanhas”, não tem água salgada, mas tem cachoeira com água doce, não tem frutos do mar, mas tem frutos da terra, pão de queijo e café. Então aproveite que o tempo é de ficar em casa, se acomode e comece a viver essa experiência através dessa leitura, vídeo e imagens que compartilharemos com você leitor. Clique nesse link para conhecer esse paraíso na terra: https://youtu.be/wBqEfX0m0yE.
Lapinha da Serra é um distrito de Santana do Riacho, Minas Gerais. Confundida muitas vezes com a Gruta da Lapinha, localizada em Lagoa Santa, Lapinha da Serra fica a cerca de 50 quilômetros da Serra do Cipó.
Lapinha ainda é considerada um vilarejo, mas reserva gratas surpresas àqueles que a visitam. Logo ao chegar na cidade é possível contemplar um paredão rochoso incrível e, do centro, já conseguimos avistar a cachoeira mais próxima da vila, a cachoeira Buqueral, uma entre tantas belezas naturais que o local reserva.
Como em toda cidade que se preze, no centro do vilarejo encontramos a igreja em ótimo estado de conservação, escola, lojinha de conveniência, restaurantes, bares e lojinha de artesanato. Fomos durante a semana e muitos dos estabelecimentos não estavam funcionando, mas os restaurantes que geralmente são frequentados pelos moradores estavam abertos.
Estar na Lapinha é como voltar ao tempo e resgatar as memórias, pisamos na terra, pegamos fruta do pé, vimos bois e galinhas percorrendo o vilarejo livremente, sentimos abraçados pelos moradores, que em um primeiro momento nos recebe com desconfiança, mas que nos despede com um belo sorriso, uma canção e até tocam uma sanfona.
O aqui tempo passa mais lento
Durante a nossa visita conhecemos o Sr. Jairo, que nasceu na Lapinha há 72 anos. Ele conta que foi criado em um ambiente sem recursos de tecnologia, não tinha água encanada, luz e viviam da plantação de cebola. Conta que agora mudou muito, o tempo no vilarejo ainda passa mais lento do que na cidade, mas a internet já chega pelo rádio e o turismo tem ganhado cada vez mais espaço. Sr. Jairo diz que gosta de se reunir com os amigos para tocar uma sanfona e com o irmão Tarcísio, que toma conta da portaria da cachoeira Buqueral, para cantar e recitar versos. Tradição que mantém a história viva e que não troca por nada.
Entre tantas pousadas e casas de locação que hoje existem na região, escolhemos a Pousada Alpes de Minas. Localizada em um local privilegiado, com uma vista de tirar o fôlego! O local oferece chalés e uma casa que comportam até seis pessoas.
Ficamos hospedados em um dos chalés que é confortável e equipado com tudo o que precisávamos para a nossa hospedagem. A experiência de preparar as nossas próprias refeições (no local tem frigobar, fogão e utensílios para cozinhar), sentar na mesinha que é caprichosamente direcionada para as montanhas e lago, é sensacional! A decoração é rústica e romântica. O chalé conta com aquecedor na cama e lareira, tenho certeza que o frio não será um problema para curtir momentos incríveis!
A pousada também disponibiliza caiaque e colete salva-vidas para passear no lago que fica no fundo da pousada. Para quem aluga a casa, também tem o benefício de desfrutar da piscina exclusiva e sauna panorâmica.
Visitamos a cachoeira que fica próximo ao centro denominada de Buqueral, é cobrado uma taxa de R$10 e não é permitida a entrada de alimentos. A tonalidade dos poços das cachoeiras da Lapinha são escuros, mas a água é limpa e própria para o banho. Como no dia que fomos estava com o tempo chuvoso, deixamos para conhecer as outras cachoeiras que precisam de guia para outra visita, mas havendo oportunidade, indicamos fortemente que vocês conheçam e compartilhamos o contato do guia que nos levaria para conhecer as belezas do vilarejo (Regis (31) 98431-9136).
Os nossos dias na Lapinha foram incríveis e recomendamos o passeio. Caso for visitar em dia de semana e fora de temporada, recomendamos que passe no supermercado e leve os alimentos que for preparar por lá. Abasteça também o carro, não vimos posto de gasolina na região. Leve dinheiro em espécie, por lá não tem agência de banco e a maioria dos estabelecimentos aceitam apenas dinheiro em espécie.
No mais, se permita tomar banho de cachoeira, pisar na terra, colher frutas do pé, passear de caiaque, se desconectar do celular, respirar ar puro e desfrutar de momentos únicos! E quando palavras nos faltam para descrever a nossa experiência, transformamos essa sensação em vídeo para você.