A Bahia apresentou, em 2023, avanços importantes na redução da pobreza e da extrema pobreza, com 668 mil baianos deixando a linha da pobreza em um ano. Contudo, o cenário ainda é alarmante.
Quase metade da população baiana, 46%, vivia em condição de pobreza no ano passado, e 8,8% permaneciam em extrema pobreza.
Esses números, que foram divulgados pelo IBGE, colocam o estado como o segundo maior em termos absolutos, com 6,9 milhões de pessoas nessa condição — um dado que, apesar da redução, reflete a persistente desigualdade social.
A extrema pobreza, que caiu 26% no último ano (467 mil a menos), ainda afeta 1,3 milhão de baianos.
O estado continua com o maior número absoluto de pessoas nessa condição, ocupando a sexta posição no ranking das unidades da Federação.
Em Salvador, o panorama é igualmente preocupante. A capital, que entre 2022 e 2023 registrou um aumento no número de pessoas pobres, ocupa agora a segunda posição no país, com 1 milhão de habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza.
É inegável o avanço na redução desses índices, mas os números ainda são profundamente preocupantes.
A pobreza na Bahia, embora em queda, exige um esforço contínuo e mais ousado. O estado não pode se conformar com a segunda maior população pobre do Brasil.
A luta contra a pobreza precisa ser mais assertiva, com ações concretas que alcancem, de fato, os baianos mais vulneráveis.
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