Desde 2010, quando os tablets surgiram no Brasil, o mercado sempre apresentou taxas de crescimento na comparação ano a ano. Em 2015 foi diferente: foram vendidos proximadamente 5,8 milhões de unidades, queda de 38% na comparação com 2014, quando foram comercializados 9,5 milhões de dispositivos, segundo estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4, realizado pela IDC Brasil líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Do total de tablets comercializados, 5,734 milhões (98,8%) foram modelos convencionais e 111 mil (1,2%) notebooks com telas destacáveis.
“O tablet deixou de ser novidade e, além disso, diante da instabilidade político-econômica do país durante todo ano passado, com desemprego em alta e confiança do consumidor em baixa, passou a ser objeto de compra secundário”, afirma Pedro Hagge, analista de pesquisas da IDC Brasil. Segundo ele, empresas estrangeiras começaram a deixar o país por conta das sucessivas altas do dólar e, com isso, houve menor oferta de produtos nas lojas. Outro fato que levou o mercado de tablets a registrar queda foi a competição com os smartphones de tela maior e preços compatíveis.
Em 2015, a média de preço dos tablets foi de R$ 448, alta de 2% em comparação com 2014, quando o tíquete médio era de R$ 440.
Posição do Brasil – Em 2014, o mercado brasileiro de tablets representava 4,1% de todos os aparelhos comercializados no mundo. Em 2015, a porcentagem caiu para 2,8%. Com isso, o país deixou a 4ª posição no ranking mundial, em 2014, para ocupar a 9ª posição em 2015.