O Nordeste é o destino mais procurado quando o assunto é Carnaval, seja aqui na Bahia ou em outras regiões com festas tradicionais, como Recife. No entanto, por diferentes motivos, inclusive financeiro, algumas pessoas acabam perdendo essas festividades. A maneira que algumas pessoas encontraram para remediar isso é com as transmissões ao vivo das festas. É algo que deve ganhar espaço em 2023, quando as festas vão voltar a acontecer normalmente. Afinal, o streaming está em alta, e englobar isso pode ser importante para o futuro.
Em 2020, mais de 16 milhões de pessoas aproveitaram o famoso Carnaval de Salvador. A folia foi a última realizada recentemente, pois nos dois anos seguintes ocorreram restrições por conta da crise que afetou o Brasil e todo o mundo. Assim, as festas em 2023 prometem ser o reencontro do público baiano com a festa de rua mais famosa da capital. Porém, não é só quem estará presente que vai poder participar.
Um dos objetivos dos organizadores é realizar a cobertura de todo o evento via streaming, em transmissões ao vivo com diferentes ângulos e interatividade. Ou seja, seria algo diferente das imagens que aparecem na TV durante o Carnaval. A dinâmica é mais aberta, e o conteúdo tem um potencial de agradar às pessoas. Quem não puder vir até Salvador, vai se sentir nos shows. Ainda não se sabe como isso vai acontecer, mas a promessa é de uma cobertura totalmente diferente do que estamos acostumados.
O potencial do streaming é algo explorado em diferentes áreas, e isso serve de incentivo para os organizadores do Carnaval da Bahia. Por exemplo, no mundo dos jogos online, as mesas de roleta virtual chamam a atenção pela possibilidade de apostar em mesas com transmissão em tempo real, inclusive com dealers de verdade. É uma proposta de cassino ao vivo, algo que tem crescido nos últimos anos. O streaming é usado para garantir que qualquer um, sobretudo os brasileiros, de experimentar tradicionais jogos de cassino sem precisar sair de casa.
Interatividade em festa
Além das várias câmeras e ângulos, as transmissões ao vivo via streaming também possuem um potencial de interatividade maior durante o Carnaval da Bahia. Por exemplo, seria possível ter um diálogo entre os espectadores e os artistas, seja para elogiar, comentar ou até para pedir músicas. Isso é algo comum nas lives, e poderia ser levado para o show ao vivo. A iniciativa é bem-vinda, e poderá ser testada no evento de 2023, o primeiro depois da crise.
Essa junção do mundo digital com os shows ao vivo é uma novidade, e tem gerado bons números. As lives nas redes sociais são casos de sucesso, com milhões de espectadores acompanhando as transmissões. Em 2020, a artista Marília Mendonça conseguiu mais de 3 milhões de fãs e mais tradicionais do Nordeste como o Carnaval. Afinal, nem todas as pessoas podem viajar até Salvador para aproveitar o evento.
O principal cuidado é saber utilizar a ferramenta da maneira correta, inclusive com o apoio das redes sociais. A transmissão precisa acontecer em alguma plataforma, com a possibilidade de divulgação. Uma possibilidade é a transmissão via YouTube, no canal oficial da TVE Bahia, normalmente a responsável pela cobertura do popular evento na TV aberta. Porém, isso é algo que ainda não foi confirmado.
Potencial de audiência
Um dos aspectos mais importantes é a audiência, que tem crescido nas transmissões ao vivo via streaming. Na Copa do Mundo do Catar, por exemplo, alguns jogos da Seleção Brasileira conseguiram mais de 6 milhões de espectadores no YouTube. Um número recorde que deve crescer no futuro, pois é assim que a tecnologia influencia a cobertura de grandes eventos, sejam esportivos ou não.
O Carnaval da Bahia deve movimentar o estado em 2023, principalmente com a chegadas e turistas. No entanto, pensar no público que não estará presente também é importante. As pessoas podem acompanhar via streaming, e ficar com ainda mais vontade de aproveitar o evento no futuro. Uma cobertura mais interativa seria mais efetiva nisso, ou seja, funcionaria como uma espécie de propaganda. Tudo isso fazendo os shows em Salvador, e em outras cidades, cada vez mais digitais e online.