O Instituto Washington Pimentel encerrou sua programação na Bahia Farm Show com o painel “LIDE: Mercado imobiliário nas fronteiras agrícolas”, reunindo especialistas estratégicos para debater o crescimento urbano e as oportunidades de investimento em cidades como Luís Eduardo Magalhães e Barreiras.
Participaram do painel Amanda Risden (co-fundadora da Risden Incorporações), Henrique Leão (sócio diretor da Solare Construtora), Susane Quesinski (arquiteta), Jessica Nunes (arquiteta) e
Carlos Eduardo Rodrigues Garcia (sócio da Paraguaçu Investimentos).
Abrindo o painel, Washington Pimentel destacou a importância de olhar para além da tecnologia no campo: “Fala-se muito sobre inovação em tecnologia no campo, mas não se fala sobre a expansão das fronteiras agrícolas, desse mercado imobiliário em crescimento, e essa troca de experiências e conhecimentos diversificados é a nossa proposta institucional.”
Susane Quesinski trouxe um panorama sobre o desenvolvimento urbanístico de Luís Eduardo Magalhães: “Antigamente, a cidade era só o centro e hoje já temos outros polos. O centro começou a verticalizar mais, enquanto bairros como o Jardim Paraíso concentram condomínios horizontais de luxo, reflexo da falta de oferta de lazer na cidade e, portanto, da busca por lazer e conforto nos próprios espaços. Temos muitos lofts, pela própria volatilidade de pessoas na cidade. Vejo Luís Eduardo Magalhães daqui a 10 anos com o dobro de tamanho. Inteligentemente, por questão de preço de manutenção, é caro para a cidade o crescimento horizontal, mas ainda falta um movimento mais forte de verticalização.”
Jéssica Nunes falou sobre Barreiras, ressaltando a evolução urbana e a mudança de perfil do morador: “Barreiras é uma cidade mais histórica, com casas antigas e pessoas estabelecidas. Nos últimos anos, vemos mais ruas asfaltadas, melhorias estruturais e uma busca crescente por qualidade de vida. A gente vê também uma mudança muito significativa da pandemia para cá das pessoas quererem melhorar suas casas, se mudarem, se importarem mais com seus ambientes. E aí a gente também vê muita compra de imóvel não só para investimento, mas, para moradia mesmo.”
Amanda Risden compartilhou sua experiência como empreendedora: “Sou de Brasília, mas vi aqui a oportunidade da minha vida. A cidade está em crescimento e, quando a gente começa a desenvolver muito longe na cidade, o acesso a esses espaços se torna mais difícil, então sou uma defensora da verticalização. Falando em investimento imobiliário, a rentabilidade imobiliária em Luís Eduardo Magalhães é o dobro da média nacional e ainda há muito espaço para crescer.”
Henrique Leão apresentou um panorama demográfico e histórico, destacando o potencial de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães: “Já entregamos mais de mil apartamentos em Barreiras e vemos que esse movimento pode se repetir em Luís Eduardo. Teve um tempo em que as pessoas não queriam morar em Barreiras e os imóveis ainda eram muito vendidos para investidores, mas hoje, depois de uma certa maturidade, as pessoas querem morar lá. Acredito que Luís Eduardo esteja nessa primeira fase, e a cidade, hoje, é o paraíso para o investidor.”
Carlos Eduardo Rodrigues Garcia ressaltou o desafio do investimento de longo prazo: “O segmento imobiliário exige muito capital e visão de longo prazo. O que falta para atrair mais investidores é um marketing financeiro mais forte da região, mostrando todo o potencial que existe aqui.”
O painel evidenciou que o mercado imobiliário nas fronteiras agrícolas está em plena expansão, com oportunidades para quem aposta em planejamento, inovação e integração entre o campo e a cidade, reforçando o papel do Instituto Washington Pimentel em fortalecer o agro em todos os seus aspectos diretos ou indiretos.