BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Colunistas
  • Notas de Bolso
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
BA de Valor
PUBLICIDADE
Capa Atualidade

Artigo: A Reforma Tributária deve ser mais que um ‘puxadinho’

REDAÇÃO por REDAÇÃO
11/11/2017
em Atualidade
Tempo de Leitura: 4 minutos
A A
0

Spilborghs: "A chamada reengenharia tributária lançará luzes sobre o que realmente deve sofrer maior tributação: a renda" (Foto: Divulgação)

Share on FacebookShare on Twitter

Por Alessandro Spilborghs*

Não é de hoje que ouvimos falar sobre a necessidade urgente do sistema tributário ser reformado, como também é comum a reclamação do governo (especialmente nos últimos anos) sobre a queda na arrecadação tributária. “Curioso” é que a reclamação costuma ser atendida em tempo recorde com incontáveis alterações na legislação, quase sempre impondo aumento na cobrança, enquanto que a reforma tributária tão solicitada e que sempre foi acompanhada do adjetivo urgente é proposta e engavetada, reformulada e reapresentada, alvo constante de rodadas de negociação entre os parlamentares.

Enquanto se arrasta a discussão, o governo continua incorrendo no erro histórico de aumentar tributos para estancar a queda arrecadatória e com isso agravar ainda mais o período recessivo pelo qual o Brasil (ainda) atravessa, embora nos últimos meses tenham sido revelados alguns números minimamente melhores em relação à queda no desemprego[i] ou quanto ao aumento do consumo[ii].

Ocorre que essa aparente melhora é frágil, ante ao longo período de declínio da economia nacional, ou seja, na última década, o país permaneceu mais tempo e em um declive mais acentuado se comparado a acanhadas notícias de reaquecimento econômico e por prazos mais curtos.

A ineficiente e, muitas vezes, equivocada gestão do setor público (sem colocar o cancerígeno problema da corrupção nos debates) desde a época das empresas públicas de orgulho nacional[iii] o Estado Brasileiro insiste em cometer os mesmos erros nas tentativas de controlarem a diminuição na arrecadação de tributos. Em qualquer período recessivo é natural para a população cortar gastos e os primeiros impactados são serviços, logo depois produtos, substituindo-os por outros mais baratos ou simplesmente evitando-os. O medo em perder o emprego ou a agonia por estar desempregado justificam essas atitudes, com isso a economia gira mais lentamente e o empresariado é forçado a buscar alternativas para se manter em atividade: adia investimentos, deixa de contratar, diminui a produção…
Por consequência, a arrecadação tributária cai e, para enfrentar a situação, o governo aumenta os tributos! Trata-se de apagar o fogo com gasolina. Quanto maior a carga tributária, mais caros se tornarão os produtos e serviços e a economia passa da estagnação a girar para trás.

Porém, a culpa não é apenas do Executivo, culpada também é a legislação tributária (ou melhor dizer os legisladores) e a forma como a tributação foi estruturada no Brasil. Em 2003 era aguardada uma robusta reforma tributária e, ao final, aprovaram não mais que uma mini reforma com o advento da EC nº 42/03. De lá para cá apenas o ICMS recebeu uma nova regulação sobre sua incidência nas operações interestaduais de mercadorias e serviços com a EC 87/15. É pouco, é muito pouco diante das necessidades do País.

A proposta que tramita no Congresso Nacional prevê a extinção de vários tributos como o IPI, o ICMS, o ISS e ainda PIS e COFINS. Seriam substituídos por uma espécie de Imposto sobre o Valor Agregado através de dois modelos: um sob competência dos estados (os quais também permaneceriam com o IPVA e contribuições previdenciárias) e outro sob competência da União, que incidiria exclusivamente sobre petróleo e seus derivados, como também sobre cigarros, energia elétrica e serviços de telecomunicação. Aos municípios, comportariam a tributação sobre a propriedade e a transmissão de bens imóveis (IPTU e ITBI), contribuições previdenciárias e iluminação pública (Cosip).

A chamada reengenharia tributária lançará luzes sobre o que realmente deve sofrer maior tributação: a renda. Não que hoje não seja o imposto que mais arrecada, porém, é o imposto que conduz pelo caminho mais curto em busca da justiça fiscal. Isso porque a renda é um dos pontos mais peculiares que um cidadão pode apresentar, logo, haver a possibilidade de uma tributação quase que individualizada é o sonho de qualquer Ministério da Fazenda. Tributar a pessoa de acordo com sua real capacidade de contribuir com o Fisco é tratar os desiguais exatamente na medida das suas desigualdades. Portanto, quanto mais discriminatória for a tributação da renda (adequando-se a cada contribuinte) mais igual será o sistema tributário nacional. Injusto é o tratamento que se dá à sociedade sem considerar suas particularidades[iv].

Atrelado a isso, se os impostos que restarem sobre o consumo tiverem suas alíquotas variadas conforme a essencialidade dos serviços e produtos (e não conforme a conveniência de segmentos mais poderosos), como também for mantida a proposta em desonerar a tributação sobre máquinas, equipamentos, remédios e alimentos em geral, o Brasil pode retomar o caminho do crescimento que, porém, para isso, exigirá dos Poderes Legislativo e Executivo algo que a Constituição Federal, desde o dia 5 de outubro de 1988, estabeleceu como objetivo fundamental desta República: promover o bem de todos.

[i] http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-09/temer-diz-que-queda-no-desemprego-com-criacao-de-720-mil-vagas-e-boa
[ii] www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/10/14/internas_economia,908595/aumento-do-consumo-tem-sido-determinante-diz-ilan.shtml
[iii] http://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/terraco-economico/post/5190344/estatais-sao-orgulho-nacional-petrobras-eletrobras-correios-dizem-contrario
[iv] ÁVILA, Humberto. Teoria da Igualdade Tributária. São Paulo/SP: Malheiros, 2009, pp. 17 e 18.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

* Alessandro Spilborghs é coordenador do curso de pós-graduação em Direito Tributário da rede de ensino LFG

Tags: ICMSIPIreforma tributária
Artigo Anterior

Quilombo é reconhecido como patrimônio cultural do Mercosul

Próximo Artigo

Empresa busca licença para extrair ouro em Mariana

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colheitadeira de milho
Atualidade

Economia baiana cresce 3,2% no primeiro trimestre de 2025

Alunos de escola estadual com o governador da Bahia
Atualidade

Editais CNH da Gente e CNH na Escola publicados pelo Governo da Bahia

Nelson Williams
Atualidade

Justiça autoriza Pixbet a retomar operações após suspensão considerada ilegal

Próximo Artigo

Empresa busca licença para extrair ouro em Mariana

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

  • EM ALTA
  • COMENTÁRIOS
  • ÚLTIMAS
tonico e tinoco

Grandes lendas do sertanejo raiz: Conheça duplas que marcaram época

Nelson Williams

Justiça autoriza Pixbet a retomar operações após suspensão considerada ilegal

Encerramento do Maio Amarelo reúne especialistas e autoridades em noite de reflexão sobre o trânsito no The Latvian

Encerramento do Maio Amarelo reúne especialistas e autoridades em noite de reflexão sobre o trânsito no The Latvian

Grupo Ri Happy inaugura nova sede em São Paulo

Detran-BA promoveu ações de conscientização em Cruz das Almas durante campanha do Maio Amarelo

Detran-BA promoveu ações de conscientização em Cruz das Almas durante campanha do Maio Amarelo

Vinícola Vaz, Morro do Chapéu - Chapada Diamantina.

Rota do Vinho da Chapada Diamantina desperta interesse de profissionais do turismo, no Paraná e em São Paulo

Gol conclui processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos

Mulher acessando PIX em celular

Banco Central lança Pix Automático; saiba como vai funcionar

Fachada ca Caixa

Lucro da Caixa sobe 71,5% e chega a R$ 4,9 bilhões no 1º trimestre

Colheitadeira de milho

Economia baiana cresce 3,2% no primeiro trimestre de 2025

Alunos de escola estadual com o governador da Bahia

Editais CNH da Gente e CNH na Escola publicados pelo Governo da Bahia

Dirigentes da Abapa e Seagri

Abapa e Seagri discutem soluções para agilizar emissão de laudos de classificação do algodão na Bahia

Gol conclui processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos

Mulher acessando PIX em celular

Banco Central lança Pix Automático; saiba como vai funcionar

Fachada ca Caixa

Lucro da Caixa sobe 71,5% e chega a R$ 4,9 bilhões no 1º trimestre

Colheitadeira de milho

Economia baiana cresce 3,2% no primeiro trimestre de 2025

Alunos de escola estadual com o governador da Bahia

Editais CNH da Gente e CNH na Escola publicados pelo Governo da Bahia

Dirigentes da Abapa e Seagri

Abapa e Seagri discutem soluções para agilizar emissão de laudos de classificação do algodão na Bahia

PUBLICIDADE

COLUNISTAS

Miguel Gomes, CEO do Grupo Vivhas

Transformação digital na saúde: eficiência e experiência elevadas pela tecnologia

Miguel Gomes

Tecnologia, sustentabilidade e humanização: o que está no centro da saúde digital?

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fernanda Carvalho

A vida presta. A arte também

NOTAS DE BOLSO

Refém da pobreza

Atakarejo

Atakarejo retoma obras de nova loja em Itabuna

varejo

13º salário: um alívio para famílias e esperança para o varejo baiano

BA de Valor

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

Siga-Nos

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
  • Colunistas
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.