A Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) encerrou o exercício de 2017 com um lucro líquido de R$ 270,3 milhões, o que representa um aumento de 285% em relação ao ano anterior. A receita líquida, por suas vez, bateu recorde e somou R$ 1.108,7 bilhão em 2017 – uma pequena alta de 1,1% . Já a produção da empresa somou 236.121 toneladas em 2017 – 11,1% a mais em relação a 2016.
Com sede em Pojuca, na Bahia, a Ferbasa exerce atividades nas áreas de mineração, metalurgia e produção florestal. A companhia é lider em produção de ferroligas e única produtora integrada de ferrocromo das Américas. Seus principais produtos são as ligas de Ferrocromo Alto Carbono (FeCrAC), Ferrocromo Baixo Carbono (FeCrBC), Ferrossilício (FeSi75) e Ferrossilício Cromo (FeSiCr), destinadas, principalmente, ao setor siderúrgico e à produção de aços inoxidáveis e especiais.
De acordo com o balanço da companhia, a taxa de utilização da capacidade instalada em 2017 foi de 68,3%, contra 62,3% alcançada no último exercício, já considerando a restrição de produção no horário de ponta (18h às 21h), quando o custo de energia elétrica é bastante superior. Houve também uma parada programada dos fornos 6 e 8 de FeCrAC no quarto trimestre do ano passado para troca de transformadores, afetando diretamente a produção nesse período.
“O crescimento da produção no último ano trouxe a oportunidade, pela economia de escala, de uma maior diluição dos custos fixos, possibilitando um melhor controle do custo dos produtos vendidos (CPV). Isso, associado aos projetos de redução de custos e ao melhor nível de preços, resultou em margens de lucro mais vantajosas para a Companhia”, informou a companhia.
Vendas
As vendas no ano passado totalizaram 211.544 toneladas, o que significou um decréscimo de 19,4% frente a 2016, advindo, principalmente, da redução de 30,1% do volume exportado em 2017. A queda no volume de vendas deveu-se à adoção da estratégia de redução de estoques, ocorrida no primeiro semestre de 2016 , o que elevou a base de álculo na comparação com o exercício anterior, especialmente nas vendas das ligas de silício, que reduziram 30,7% no acumulado do ano. “Analogamente, com as usinas operando em níveis reduzidos, o mercado interno refletiu o momento desafiador que o setor siderúrgico brasileiro atravessa”, afiirmou a empresa.