Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que, de janeiro a abril deste ano, 197 estabelecimentos do segmento de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fecharam as portas na Bahia. Em todo o país, foram 14,3 mil unidades, cortando 29,7 mil vagas formais de emprego neste período. O número corresponde a quase 12 mil estabelecimentos a mais do que o mesmo período de 2015, quando foram encerrados 2,4 mil pontos de venda no setor.
O impacto negativo foi sentido em todos os Estados do Brasil, com destaque para São Paulo que fechou 4,1 mil lojas, Paraná (-1,6 mil) e Minas Gerais (-1,5 mil). Em termos relativos, as maiores retrações se deram no Amapá (-13,4%), Amazonas (-11,4%) e Espírito Santo (-11,0%).
Os estabelecimentos de médio porte foram os que mais fecharam unidades nos primeiros quatro meses deste ano: ao todo foram 6 mil. Os pequenos encerraram 4,6 mil empreendimentos, enquanto os médios, 3,2 mil.
Atacado – Com o pior recuo nas vendas desde 2003 – queda de 3,2% nos primeiros quatro meses de 2016 –, o segmento implementou ainda reajustes sucessivos em função da divergência entre custos no atacado. “Já havia uma retração na demanda dos consumidores causada pela recessão profunda e prolongada. A alta dos preços contribuiu para aumentar o recuo nas vendas neste período, acentuando o ritmo de fechamento de pontos de venda com vínculo empregatício no varejo de alimentos”, avalia o economista da CNC, Fabio Bentes.
Somados, os hiper e supermercados e estabelecimentos de produtos alimentícios, bebidas e fumo respondem por 30,3% do faturamento anual do varejo brasileiro e são responsáveis por 30,6% da força de trabalho no setor. Em 2015, 25,6 mil empreendimentos deste segmento fecharam as portas.