AAs vendas do varejo na Bahia registraram, em outubro, crescimento de 1,6% frente a setembro, mostrando uma quarta alta consecutiva nessa comparação com o mês imediatamente anterior, que é livre de influências sazonais. Na comparação com igual mês do ano passado, o resultado das vendas ambém seguiu positivo (9,6%), somando dois anos de altas seguidas nessa comparação, com o 24º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22).
A Bahia teve um resultado acima do Brasil como um todo, onde as vendas avançaram 0,4% de setembro para outubro. Registrou também o 5º maior aumento entre os 27 estados, 19 dos quais viram as vendas do varejo crescerem entre setembro e outubro, liderados por Roraima (4,3%), Espírito Santo (3,1%) e Mato Grosso (2,1%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Com os resultados do mês, o comércio varejista da Bahia teve, de janeiro a outubro de 2024, um crescimento acumulado de 8,0% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior, mantendo o 5º maior índice entre as unidades da Federação, também acima do registrado no país como um todo (5,0%). Todo os 27 estados mostram altas nessa comparação, liderados por Amapá (19,3%), Paraíba (12,9%) e Tocantins (10,4%).
Nos 12 meses encerrados em outubro, as vendas do varejo baiano têm alta acumulada de 7,2%, superior à nacional (4,4%) e a 6ª maior entre os estados. Amapá (15,9%), Tocantins (9,8%) e Paraíba (8,1%) apresentam os melhores resultados nesse confronto, em que também todas as unidades da Federação mostram avanços.
Atividades
Em outubro, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023.
Houve quedas apenas em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-30,8%, 2º recuo expressivo consecutivo) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%, a 21ª queda seguida para esse segmento).
Assim como já vem ocorrendo mês a mês, em todo o ano de 2024, as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 13,3% foram as que mais influenciaram positivamente o resultado geral do varejo baiano em outubro. Este foi o 17º avanço mensal consecutivo nas vendas dos supermercados na Bahia.
A segunda principal influência positiva na alta do varejo baiano, em outubro, veio dos móveis e eletrodomésticos, que tiveram alta de 12,5% nas vendas, quinto resultado mensal positivo consecutivo e o melhor para um mês de outubro desde os 54,5% de 2020, durante a pandemia.
Varejo ampliado
Em outubro de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano cresceram (3,6%) frente a setembro, na série livre de influências sazonais. Retomaram, assim, a série de resultados positivos, após a queda entre agosto e setembro (-2,1%).
Foi o 3º crescimento mais intenso entre os estados, num resultado superior ao do Brasil como um todo, onde as vendas do varejo ampliado avançaram 0,9%.
Na comparação com outubro de 2023, as vendas do varejo ampliado baiano mantiveram alta (7,4%), crescendo pelo 17º mês consecutivo (desde junho de 2023). Nesse comparativo, porém, a Bahia registrou somente o 19º melhor resultado entre os 27 estados, abaixo do verificado no país como um todo (8,8%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), entre as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Frente a outubro de 2023, duas dessas três atividades tiveram altas nas vendas: veículos (37,3%, 7º crescimento seguido e o maior para um mês de outubro em 12 anos) e material de construção (8,5%, 17º crescimento seguido). Por outro lado, o atacado de alimentos (-22,8%) seguiu em queda pelo 3º mês consecutivo.
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano mantiveram alta de 7,0%, ficando acima do índice nacional (4,9%) e sendo o 15º maior avanço entre os estados. Nos 12 meses encerrados em outubro, acumulam alta de 6,6%, também acima do Brasil como um todo (4,3%) e apresentando o 13º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação.
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