A produção industrial da Bahia, em julho, seguiu em alta (6,7%) frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal. Foi o segundo aumento consecutivo para o estado nesse comparativo e o maior entre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE, ficando bem acima do resultado nacional (-1,3%). Dos 15 locais pesquisados, 8 apresentaram crescimento no confronto com o mês anterior. Na comparação com iguel mês do ano passado, porém, houve queda de 12,2%. O estado apresentou a sétima retração consecutiva nesse indicador e o pior do país.
A Bahia segue com os piores índices do Brasil no ano de 2021, frente ao mesmo período de 2020 (-14,9%), e nos 12 meses encerrados em julho (-9,3%). Em ambos os indicadores, os resultados estão bem aquém dos apresentados pela indústria nacional (11,0% e 7,0%, respectivamente).
Papel e celulose
O recuo na produção industrial da Bahia na comparação com julho de 2020 (-12,2%) se deu por conta da sétima queda seguida na indústria de transformação (-13,3%). Por outro lado, a indústria extrativa (9,4%) apresentou o seu sexto resultado positivo consecutivo.
A queda geral no mês foi resultado de retrações em 7 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-94,6%) e a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-42,7%).
A fabricação de veículos apresentou a sua segunda queda consecutiva e tem o pior desempenho acumulado em 2021, no estado, com queda de -93,5%. Já a fabricação de celulose e produtos de papel teve a sua terceira retração seguida em julho.
Entre as quatro atividades industriais com aumento de produção em julho 21/julho 20 na Bahia, os principais destaques em contribuição para segurar a queda geral da indústria no mês vieram, respectivamente, da fabricação de produtos alimentícios (com alta de 13,5%) e da metalurgia (37,3%), que apresentou a maior taxa de crescimento em julho.