O Dia Nacional do Combate à Pirataria, celebrado em 3 de dezembro, joga luz sobre um problema crônico e crescente no Brasil: a pirataria e a falsificação, que corroem o mercado formal e enfraquecem a economia nacional. Dados do Fórum Nacional de Combate à Pirataria (FNCP) revelam uma realidade alarmante.
Em apenas uma década, as perdas acumuladas por 15 setores aumentaram mais de 400%, saltando de R$100 bilhões para impressionantes R$441 bilhões.
O setor de vestuário lidera o ranking das perdas, contabilizando prejuízos de R$ 84 bilhões somente em 2023.
Essa cifra, além de assustadora, reflete uma falha estrutural em coibir o comércio ilegal, que prospera à sombra de fiscalizações insuficientes e de uma legislação que muitas vezes parece ineficaz.
Enquanto o mercado informal avança, o consumidor muitas vezes ignora os impactos de suas escolhas, movido por preços baixos e pela facilidade de acesso a produtos falsificados.
O desafio, portanto, não está apenas no reforço das políticas públicas, mas também na conscientização da sociedade sobre os danos sistêmicos que a pirataria causa à economia e ao futuro do país.
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