O Magazine Luiza, uma das maiores empresas de varejo do país, apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu resultado fiscal do terceiro trimestre de 2017. Pelo sétimo trimestre consecutivo, a companhia mostra evolução significativa em seus indicadores financeiros. As vendas totais atingiram R$ 3,4 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao mesmo período de 2016. O lucro líquido foi multiplicado por quase quatro e atingiu R$ 92 milhões, o maior já registrado pela empresa. Nos nove primeiros meses deste ano, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 47,2%, chegando a R$ 718 milhões.
“A evolução consistente dos indicadores é fruto da execução da nossa estratégia de transformação da empresa em uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Geramos bons resultados mesmo em meio a um cenário macroeconômico adverso. Agora estamos preparados para capturar ao máximo as oportunidades que a retomada do crescimento oferece ao nosso setor”.
Há pouco mais de dois anos, o Magalu intensificou seu processo de transformação, com foco na experiência do consumidor. Hoje, a empresa é uma plataforma digital que integra 830 pontos físicos espalhados pelo Brasil, 10 centros de distribuição, uma rede de parceiros logísticos, uma operação de e-commerce que já responde por 30% do faturamento total e um marketplace.
Crescimento acelerado em todas as plataformas
O crescimento de vendas no terceiro trimestre ocorreu em todas as plataformas. No e-commerce – site, aplicativo e redes sociais – foi de 55%. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o aumento das vendas nas plataformas digitais foi de 55,5%. O app de vendas foi um dos grandes destaques — o número de downloads chegou a 7,7 milhões. Atualmente, 60% da navegação no site www.magalu.com são realizadas por meio de dispositivos móveis. Cerca de 40% das vendas digitais são feitas em smartphones.
O modelo de distribuição integrado é uma das fortalezas do e-commerce do Magalu. Clientes do site e do aplicativo podem retirar suas encomendas, em até 48 horas e sem custo, em qualquer loja física da empresa. Dessa forma, ao mesmo tempo em que melhora a experiência de compra dos clientes, a companhia reduz seus custos operacionais – o mesmo sistema de distribuição e logística serve a todas as plataformas da rede. Nos primeiros nove meses de 2017, graças a esse modelo e a programas de gestão de custos, as despesas operacionais da companhia foram diluídas em 2 pontos percentuais, para 22,6% da receita líquida.
As lojas físicas também contribuíram para o crescimento no trimestre. Nas lojas abertas há mais de um ano, houve aumento de 15% no período. Nos primeiros nove meses do ano, foram inauguradas 30 lojas. Em 2017, serão abertos 60 novos pontos físicos – que, graças à multicanalidade e a digitalização das operações de vendas e logística, estão se transformando em shoppable distribution centers – centros avançados de atendimento e distribuição de produtos adquiridos nas plataformas digitais.
Caixa Reforçado
Em outubro, o Magalu realizou uma oferta subsequente de ações (follow-on), que resultou em um aporte de R$ 1,1 bilhão no caixa. Os recursos – provenientes de 80 investidores estratégicos brasileiros e internacionais – serão utilizados para melhorar e ampliar a logística, investir em tecnologia, inaugurar novas lojas e adquirir empresas digitais.
O volume médio diário de negociações do Magalu na B3 atingiu a marca de R$ 115 milhões no segundo trimestre e R$ 200 milhões em setembro – o que deve levar a empresa a ser incluída nos principais índices da bolsa, como o Ibovespa e o IBX50.
Redução do Endividamento
Graças à melhoria no giro dos estoques e no prazo médio de compras, o Magalu reduziu sua necessidade de capital de giro ajustado em R$ 546,3 milhões nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período, a dívida líquida ajustada caiu de R$ 750,3 milhões para R$ 28,7 milhões – redução de R$ 722 milhões. A relação dívida líquida ajustada/Ebitda ajustado foi, assim, de 1,2x para praticamente zero.