De 2017 para 2018, o rebanho baiano de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) cresceu pelo 4º ano seguido (+0,2%) e registrou o maior aumento absoluto nos 44 anos da série histórica da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM): mais 386,2 mil cabeças. Chegou, assim, ao recorde de 4.179.667 animais.
Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada hoje pelo IBGE, Com esse crescimento, a Bahia aumentou ainda mais sua participação no rebanho nacional de ovinos, de 20,4% em 2017 para 22,1% em 2018, consolidando-se como o estado com maior efetivo do país. O Rio Grande do Sul, que até 2015 havia liderado o ranking, teve, de 2017 para 2018, uma queda em seu efetivo (-7,2%), chegando a 3,2 milhões de cabeças (16,8%).
Em 2018, o rebanho brasileiro de ovinos somou 18,9 milhões de animais, mostrando um aumento de 1,8% em relação a 2017. O rebanho de caprinos (bodes, cabras e cabritos) também foi um destaque positivo da pecuária baiana em 2018.
O efetivo cresceu pelo 4º ano seguido (+9,2%), mostrando o maior aumento em números absolutos dentre os estados (mais 272,1 mil cabeças em um ano) e chegando a 3.231.248 animais em 2018.
Manteve-se, assim, sua liderança nacional histórica. A Bahia abriga 3 em cada 10 caprinos do Brasil (30,2%) e teve ganho nessa participação em relação a 2017 (quando representava 28,8% do total).
O rebanho brasileiro de caprinos somou 10,7 milhões de cabeças em 2018, 4,3% a mais que em 2017. A região Nordeste tem destaque na criação tanto de caprinos (abriga 93,9% do rebanho nacional) quanto de ovinos (participação de 66,7%), pela maior facilidade de adaptação dessas espécies a climas variados.
Casa Nova, no Norte da Bahia, é o município brasileiro que tem os maiores efetivos de ovinos (442,5 mil animais, 2,3% do nacional e 10,6% do baiano) e caprinos (510,2 mil animais, 4,8% do rebanho brasileiro e 15,8% do baiano). Juazeiro tem os segundos maiores rebanhos de ovinos e caprinos da Bahia e os terceiros do país (250,5 mil e 246,8 mil animais, respectivamente). Remanso tem o terceiro maior rebanho ovino do estado e o quarto do país (236,9 mil animais) e Curaçá tem o terceiro maior efetivo de caprinos da Bahia e quarto do Brasil (243,4 mil animais).
Rebanho baiano de suínos voltou a crescer
Após recuar por sete anos seguidos (desde 2011), o rebanho baiano de suínos voltou a crescer entre 2017 e 2018 (+2,6%) e chegou a 1.114.070 de animais, no ano passado. No estado, o aumento de 28.563 suínos em um ano foi capitaneado pelos municípios de Campo Alegre de Lourdes, cujo rebanho mais que triplicou, passando de 4.218 para 15.395 suínos, entre 2017 e 2018; Casa Nova, que viu o número de animais passar de 18.205 para 28.465 nesse período, e Ibititá, cujo plantel também mais que triplicou, crescendo de 1.813 para 6.546 suínos em um ano.
Casa Nova é o município baiano com maior número de suínos, respondendo por 2,6% do total do estado.
Apesar do aumento no efetivo de suínos, a Bahia manteve-se, em 2018, com a 10ª participação no rebanho nacional, abrigando 2,7% dos 41,4 milhões de animais existentes no Brasil. Santa Catarina tem o maior efetivo (8,0 milhões de suínos, 19,2% do total), seguida pelo Paraná (6,9 milhões de animais ou 16,6% do total).
Outro rebanho que cresceu na Bahia, entre 2017 e 2018, foi o de equinos (+2,7%), chegando a 508.892 animais e mantendo o estado com o terceiro maior efetivo do país (8,8% do total), abaixo de Minas Gerais (874,5 mil equinos, 15,2% do total) e Rio Grande do Sul (527,9 mil, 9,2% do total). O efetivo de equinos no Brasil, em 2018, foi estimado em 5,8 milhões de animais.